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De uma primeira análise, não tenho dúvidas, a luta pelo poder pode ser surpreendente. Vale tudo. Pequenos truques, manobras de bastidores e até, segundo a lista derrotada, “falsificação de assinaturas na votação dos delegados”. Sobre esta troca de acusações não me quero pronunciar, nem especular, mesmo porque não tenho conhecimento real dos factos, e é a palavra de uns contra a palavra de outras. No entanto, não posso deixar de analisar aquilo, que na minha opinião, foi a atitude vertical, coerente e correcta, para enfrentar o problema – a auto suspensão de funções do Secretário-Geral desta estrutura. Rómulo Ávila comunica a 18 Setembro de 2010 a auto-suspensão das suas funções por tempo indeterminado, querendo assim “(…) contribuir para credibilizar a JSD e a própria política (…)”.
A atitude e o motivo impulsionador da mesma, segundo alegações do referido comunicado são nobres, apesar de tardias, e individualizadas. Julgo, que no estado em que está a JSD Açores, muito dificilmente tal atitude credibilizará a estrutura, já que os seus jovens quadros políticos continuam a guerrear pelo poder, de forma tão agressiva. Pena que não saibam que nas lutas da vida, e tal como no desporto, fair play é o requisito orientador.
Mas é assim, e como “no melhor pano cai a nódoa”, a líder do PSD Açores já percebeu que terá que intervir, antes que a guerra interna da JSD, transpire outros problemas dos sociais-democratas. Só lhe posso desejar bom trabalho, pois não me parece que se avizinhe ser uma tarefa fácil.
Agora, e após uma análise consciente, compreendo que situações como esta são susceptíveis de acontecer em estruturas, neste caso de juventude, que não possuindo uma verdadeira orientação para a sua existência, seguem, em matérias fundamentais, posições de outras juventudes partidárias. Já o fizeram no passado com a JCP, e certamente, continuarão, no futuro, a fazê-lo.
Fernando Decq Motta
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