
Esta é assim, uma data que deve ser celebrada e vivida com intensidade, o 1º Maio, símbolo de luta, sofrimento, deve igualmente ser lembrado e comemorado como a afirmação da liberdade, da conquista de direitos no mundo de trabalho e dos povos, e finalmente, das transformações políticas e sociais.
Porém, e se por um lado devemos salutar o 1º Maio e todas as conquistas que lhe são inerentes, por outro, temos também que saber ler nas entrelinhas e compreender que neste momento, a dignidade e os direitos alcançados se encontram ameaçados, quer através do agravamento dos problemas sociais e das condições de vida dos trabalhadores, quer através do aumento do desemprego, da precariedade, da degradação da qualidade do emprego.
Temos igualmente que estar muito atentos e prontos a agir. O recente entendimento PS/PSD no âmbito do PEC, só nos trará mais motivos para lutas, pois sejamos realistas, teremos novos cortes nos salários, no subsídio de desemprego e noutras prestações sociais, o alargamento da jornada de trabalho e a privatização de serviços e empresas do Estado.
A JCP não pactuará com tais ofensas e agressões aos direitos dos trabalhadores. Tendo sempre como base, lema, e motivação os seus princípios ideológicos, a JCP não permitirá que uma desastrosa política de direita, de submissão e chantagem aos mercados capitalistas, ameace a dignidade e liberdade alcançada no mundo do trabalho. A JCP, firme aos seus objectivos, continuará a bater-se, por uma política alternativa de valorização do trabalho e dos trabalhadores, através de uma justa repartição da riqueza, com a valorização dos salários, do aumento do salário mínimo nacional e de uma nova política fiscal para aliviar a carga daqueles que verdadeiramente trabalham e sustentam o país.
Viva ao 1ª Maio, Dia do Trabalhador
Fernando Decq Motta
Sem comentários:
Enviar um comentário
Discuta. Opine. Tome partido. Não insulte.