quarta-feira, 27 de junho de 2012

Matar a sede


   Será difícil como humanos que somos, ter um tempinho para pensar ou nos capacitarmos que a resignação não nos leva a lado nenhum? Será também difícil entendermos que a partir de agora, mais que agora, é o tempo certo para nos juntarmos e lutarmos pelos nossos direitos que vemos a fugir de dia para dia? Neste momento, estamos a viver a falência do sistema produtivo capitalista que chegou a um limite e que entrou na sua fase senil. A fase do vale tudo, da eliminação de direitos, ao aumento da exploração. Se não acreditas ao menos dá a ti próprio a oportunidade de refletires. Verás que só te resta lutar e que se não o fizeres mais ninguém o fará por ti.
Tenta visualizar esta imagem, começando como pano de fundo, o escuro. E de repente na tua mente aparece, homens, mulheres e crianças em redor de uma carrinha a receber alimentos ou a ser escolhidos ao dia para fazerem os trabalhos pesados. Isto não é ficção ou outro adjetivo que queiras dar, acontece em África. É para aí que caminhamos? É para aí que nos querem levar? Para uma África, a lutar pela sobrevivência?

Fecha os olhos uma vez mais e tenta visualizar esta imagem, só mais esta, só que agora imagina uma criança sentada num canto desidratada, por não ter água. Sim água, um bem universal que ainda temos com fartura em casa, não? A água é um luxo que nem todos têm por este mundo fora. A criança desidratada saiu do seu canto para o espaço livre porque começou a chover e o gesto dela foi olhar para cima e agradecer a dádiva de poder matar a sua sede, de limpar o seu rosto e de desejar que chova mais.
O governo de Passos & Portas preparam-se para privatizar as Águas de Portugal. A água virou uma fonte de lucro agora…ainda vai acabar como a “gasolina”… todos meses, de cêntimo a cêntimo vão enchendo a barriga e bolsos. 


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